A
deputada Mirian Sobreira (PSB) propôs, nesta quinta-feira (18/04), durante o
primeiro expediente, linhas de ação para tentar resolver problemas de
abastecimento de água e milho no interior do Estado, e reclamou dos atrasos de
financiamentos realizados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) aos
agricultores afetados pela seca.
Em
relação à água, a parlamentar relatou que os deputados que estão andando no
Interior têm se deparado, a cada dia, com situações calamitosas de
abastecimento d’água. Segundo ela, os carros-pipa não conseguem atender a todas
as necessidades de água de cada local ou comunidade. De acordo com ela, o
programa do Governo Federal Água para Todos, “que fala tanto em construir mais
de 1500 pequenos serviços de abastecimento, ainda não passou do papel”.
Para
resolver à problemática, ela defendeu, de forma emergencial, a perfuração de
poços profundos em várias localidades. “Aí, sim, teremos menos impacto de falta
d’água no nosso Interior”, disse. Ela comunicou que apresentará requerimento endereçado
ao governador Cid Gomes solicitando que os recursos do Fundo de Combate à
Pobreza (Fecop), que, segundo ela arrecada mais de R$ 300 milhões por ano,
sejam destinados à compra de máquinas de perfurar poços em cada região do
Estado.
“Com
21 máquinas dessas, a situação seria resolvida em muitas localidades”,
garantiu, lembrando que o Estado possui apenas sete perfuratrizes, “que não
conseguem fazer nem um poço por dia”.
Sobre
o caso do milho que não chega, ela sugeriu que o transporte seja feito por
aviões do Exército, um meio de chegar mais rápido ao Estado. “A Conab não tem
estrutura, o milho não chega. Se vier de navio vai demorar dois meses e nós já
perdemos mais de 300 mil cabeças de gado”, ressaltou.
Em
relação aos atrasos de financiamentos, a deputada pediu à Comissão Especial da
Seca que visite as estruturas do BNB, que, segundo ela, “não possuem estrutura
nem física e nem recursos humanos para atender os agricultores”. “Tem
agricultores que estão há seis meses esperando empréstimos. Que esses
financiamentos sejam feitos também pela Caixa Econômica Federal e Banco do
Brasil, já que são órgãos do governo”, propôs.
Fonte: Agência de
Notícias da Assembleia/Foto: Paulo Rocha
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