sexta-feira, 19 de abril de 2013

Deputada cobra ações emergenciais


CONTRA A SECA

Mirian Sobreira afirmou que o Governo Federal não tem se mobilizado para promover ações de urgência no semiárido


A deputada Mirian Sobreira (PSB) afirmou, ontem, na Assembleia Legislativa, que o Estado do Ceará não é prioridade para o Governo Federal, visto que pouco foi feito para amenizar a situação de seca nos municípios cearenses. Na sessão ordinária, foi aprovado requerimento do deputado Wellington Landim (PSB) solicitando aos senadores cearenses que incluam dispositivo na Medida Provisória sobre o parcelamento das dívidas do INSS, para que a utilização dos recursos provenientes desse parcelamento sejam usados para combater efeitos da seca.

Segundo Mirian Sobreira, a maioria dos programas em vigor no Ceará não são medidas emergenciais, mas de médio e longo prazo. O programa Água Para Todos, por exemplo, há mais de um ano implantado no Ceará, ainda está em fase de discussão e a pessebista garante que, até o fim do ano, não estará pronto.

"A operação carro-pipa precisa ser melhorada. Não é o ideal, mas é o que tem resolvido a situação de forma mais célere. É importante que no Ceará tenha mais cisternas, no entanto, ela não atende quem realmente precisa de água", aponta.

Mirian Sobreira lembrou que existem apenas cinco máquinas funcionando para perfuração de poços e salientou que isso não vai atender à demanda da população. "Vamos ter coragem de dizer para o governador que cinco máquinas não são exatas. Nós não fomos pegos de surpresa, mas despreparados", disse.

Regionalização

Apesar das críticas, a governista apresentou sugestões, como a regionalização das máquinas do Estado. A pessebista ainda solicitou que o Governo, em parceria com os municípios, perfure os poços necessários, sob a coordenação da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra). "Nós precisamos acordar, porque não é só uma preocupação do Governo do Estado, mas também dos municípios", afirmou, apresentando requerimento para que o governador Cid compre mais máquinas perfuratrizes.

Outra medida apontada foi a necessidade do milho para alimento dos animais nos municípios que estão sofrendo com a estiagem. Ela sugeriu à comissão especial da Seca que fossem realizadas visitas às sedes do Banco do Nordeste, visto que essas unidades, explica, não têm estrutura para a realização de financiamentos junto aos agricultores. Para ela, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal também deveriam participar do financiamento.

Fonte: Diário do Nordeste/Foto: Paulo Rocha


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