CONTRA A SECA
Mirian Sobreira afirmou que o Governo Federal não tem se mobilizado para promover ações de urgência no semiárido
A
deputada Mirian Sobreira (PSB) afirmou, ontem, na Assembleia Legislativa, que o
Estado do Ceará não é prioridade para o Governo Federal, visto que pouco foi
feito para amenizar a situação de seca nos municípios cearenses. Na sessão
ordinária, foi aprovado requerimento do deputado Wellington Landim (PSB)
solicitando aos senadores cearenses que incluam dispositivo na Medida
Provisória sobre o parcelamento das dívidas do INSS, para que a utilização dos
recursos provenientes desse parcelamento sejam usados para combater efeitos da
seca.
Segundo
Mirian Sobreira, a maioria dos programas em vigor no Ceará não são medidas
emergenciais, mas de médio e longo prazo. O programa Água Para Todos, por
exemplo, há mais de um ano implantado no Ceará, ainda está em fase de discussão
e a pessebista garante que, até o fim do ano, não estará pronto.
"A
operação carro-pipa precisa ser melhorada. Não é o ideal, mas é o que tem
resolvido a situação de forma mais célere. É importante que no Ceará tenha mais
cisternas, no entanto, ela não atende quem realmente precisa de água",
aponta.
Mirian
Sobreira lembrou que existem apenas cinco máquinas funcionando para perfuração
de poços e salientou que isso não vai atender à demanda da população.
"Vamos ter coragem de dizer para o governador que cinco máquinas não são
exatas. Nós não fomos pegos de surpresa, mas despreparados", disse.
Regionalização
Apesar
das críticas, a governista apresentou sugestões, como a regionalização das
máquinas do Estado. A pessebista ainda solicitou que o Governo, em parceria com
os municípios, perfure os poços necessários, sob a coordenação da
Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra). "Nós precisamos acordar,
porque não é só uma preocupação do Governo do Estado, mas também dos
municípios", afirmou, apresentando requerimento para que o governador Cid
compre mais máquinas perfuratrizes.
Outra
medida apontada foi a necessidade do milho para alimento dos animais nos
municípios que estão sofrendo com a estiagem. Ela sugeriu à comissão especial
da Seca que fossem realizadas visitas às sedes do Banco do Nordeste, visto que
essas unidades, explica, não têm estrutura para a realização de financiamentos
junto aos agricultores. Para ela, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal
também deveriam participar do financiamento.
Fonte:
Diário do Nordeste/Foto: Paulo Rocha
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