A Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa do Ceará, que tem como vice-presidente a deputada Mirian Sobreira (PSB), realiza nesta terça-feira (16/04), audiência pública para discutir sobre o
descarte de medicamentos vencidos no Estado do Ceará. O debate acontece no
Complexo de Comissões Técnicas, as 14h.
Segundo a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), são jogados no lixo entre 10 mil e 28 mil
toneladas de medicamentos por ano pelos consumidores. As formas de descarte mais comuns entre
a população são despejar no vaso ou pia, colocar no lixo orgânico, lixo seco, e
guardar em casa, exatamente nessa ordem.
Um censo realizado pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2008, mostrou que 50,75% dos 5.565
municípios brasileiros despejam o lixo a céu aberto, sem tratamento,
contaminando o solo, os lençóis freáticos e atraindo insetos e animais. O descarte inadequado de medicamentos representa um
perigo maior para o meio ambiente e população. É o que afirma o pesquisador
especializado em física quântica Joe Roseman. “Quando o medicamento chega aos
lixões, ele entra em contato com muitas bactérias. Com isso, esses
microorganismos se modificam e surgem as super bactérias, que são resistentes
aos antibióticos e outros remédios”.
Já quando o destino desses produtos é o
lixo sólido, o perigo (além do contágio do ambiente) é a intoxicação. Nos últimos 10 anos, 27,86% dos episódios de intoxicação no Brasil foram causados por medicamentos (incluindo casos de automedicação), de acordo com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz). Como a maioria dos detritos é despejada a céu aberto e sem controle, o acesso é fácil. Os catadores, incluindo crianças, são atraídos pelos materiais recicláveis e
podem entrar em contato com esses produtos.
Com informações: Agência de notícias da Assembleia
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