terça-feira, 16 de abril de 2013

Assembleia discute descarte de medicamentos vencidos



A  Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa do Ceará, que tem como vice-presidente a deputada Mirian Sobreira (PSB), realiza nesta terça-feira (16/04), audiência pública para discutir sobre o descarte de medicamentos vencidos no Estado do Ceará. O debate acontece no Complexo de Comissões Técnicas, as 14h.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são jogados no lixo entre 10 mil e 28 mil toneladas de medicamentos por ano pelos consumidores. As formas de descarte mais comuns entre a população são despejar no vaso ou pia, colocar no lixo orgânico, lixo seco, e guardar em casa, exatamente nessa ordem.

Um censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2008, mostrou que 50,75% dos 5.565 municípios brasileiros despejam o lixo a céu aberto, sem tratamento, contaminando o solo, os lençóis freáticos e atraindo insetos e animais. O descarte inadequado de medicamentos representa um perigo maior para o meio ambiente e população. É o que afirma o pesquisador especializado em física quântica Joe Roseman. “Quando o medicamento chega aos lixões, ele entra em contato com muitas bactérias. Com isso, esses microorganismos se modificam e surgem as super bactérias, que são resistentes aos antibióticos e outros remédios”.

Já quando o destino desses produtos é o lixo sólido, o perigo (além do contágio do ambiente) é a intoxicação. Nos últimos 10 anos, 27,86% dos episódios de intoxicação no Brasil foram causados por medicamentos (incluindo casos de automedicação), de acordo com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz). Como a maioria dos detritos é despejada a céu aberto e sem controle, o acesso é fácil. Os catadores, incluindo crianças, são atraídos pelos materiais recicláveis e podem entrar em contato com esses produtos. 

Com informações: Agência de notícias da Assembleia

Nenhum comentário:

Postar um comentário