A
deputada Mirian Sobreira (Pros) fez pronunciamento, nesta quinta-feira (20/03),
durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa,
para destacar a campanha lançada pelo TSE, “Mais Mulheres na Política”. Segundo
ela, a iniciativa dá continuidade à campanha lançada em 2013 pelas mulheres da
Câmara Federal, Senado e assembleias legislativas, com o nome “Mulher, Tome
Partido”. A deputada pediu que a direção do Legislativo Estadual abra espaço
nos meios de comunicação da Casa para essa campanha.
A
parlamentar acentuou que de 513 deputados federais só 43 são do sexo feminino,
representando 8,7%, e de 81 senadores só 10% são mulheres. “Na Assembleia do
Ceará, nove já assumiram cadeiras, uma das maiores participações femininas de
todas as casas legislativas estaduais”, pontuou.
Mirian
Sobreira avaliou que no atual ritmo do crescimento da participação só daqui a
150 anos a paridade de gênero será alcançada. “O Brasil é o 30º das Américas,
de 35 países, em percentual de participação feminina na política. Na eleição de
2012, 134 mil mulheres se candidataram a prefeito e a vereador, mas só 8 mil
tiveram êxito. A gente se preocupa com o pouco êxito da mulher na política do
Brasil”, disse .
Na
avaliação da deputada, a política é ainda é uma atividade eminentemente
masculina. “Somos a maioria nas universidades, nosso nível de instrução é maior
do que o dos homens e a maioria dos empregos formais são de mulheres. Isso foi
possível através do nosso esforço e nossa capacidade de conciliar a missão de
cuidar da família com outros cargos”, disse.
Segundo
Mirian, somente na política, é onde a mulher encontra mais barreiras.
“Enfrentamos muitos problemas. Nas campanhas os partidos são obrigados a ter
30% de candidatas mulheres. Mas colocam as mulheres apenas para atender a cota,
sem apoio nenhum. Nos partidos, não há nenhuma mulher participando das
propagandas gratuitas fora do tempo eleitoral. A desculpa é que esqueceram na
hora de elaborar o programa. Mas a gente não pode mais aceitar esse tipo de coisa”
disse.
A
parlamentar afirmou ainda que todas as mulheres sabem a dificuldade de se
ocupar cargos. “Os partidos só indicam homens para as posições. Precisamos
participar da Mesa Diretora. Não é que nosso trabalho seja melhor ou pior que
ninguém, mas precisamos de mulher na política porque é aqui que as decisões são
tomadas”, avisou.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia / Foto: Paulo Rocha