quinta-feira, 20 de março de 2014

Mirian destaca campanha pela participação da mulher na política

A deputada Mirian Sobreira (Pros) fez pronunciamento, nesta quinta-feira (20/03), durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, para destacar a campanha lançada pelo TSE, “Mais Mulheres na Política”. Segundo ela, a iniciativa dá continuidade à campanha lançada em 2013 pelas mulheres da Câmara Federal, Senado e assembleias legislativas, com o nome “Mulher, Tome Partido”. A deputada pediu que a direção do Legislativo Estadual abra espaço nos meios de comunicação da Casa para essa campanha.

A parlamentar acentuou que de 513 deputados federais só 43 são do sexo feminino, representando 8,7%, e de 81 senadores só 10% são mulheres. “Na Assembleia do Ceará, nove já assumiram cadeiras, uma das maiores participações femininas de todas as casas legislativas estaduais”, pontuou.

Mirian Sobreira avaliou que no atual ritmo do crescimento da participação só daqui a 150 anos a paridade de gênero será alcançada. “O Brasil é o 30º das Américas, de 35 países, em percentual de participação feminina na política. Na eleição de 2012, 134 mil mulheres se candidataram a prefeito e a vereador, mas só 8 mil tiveram êxito. A gente se preocupa com o pouco êxito da mulher na política do Brasil”, disse .

Na avaliação da deputada, a política é ainda é uma atividade eminentemente masculina. “Somos a maioria nas universidades, nosso nível de instrução é maior do que o dos homens e a maioria dos empregos formais são de mulheres. Isso foi possível através do nosso esforço e nossa capacidade de conciliar a missão de cuidar da família com outros cargos”, disse.

Segundo Mirian, somente na política, é onde a mulher encontra mais barreiras. “Enfrentamos muitos problemas. Nas campanhas os partidos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres. Mas colocam as mulheres apenas para atender a cota, sem apoio nenhum. Nos partidos, não há nenhuma mulher participando das propagandas gratuitas fora do tempo eleitoral. A desculpa é que esqueceram na hora de elaborar o programa. Mas a gente não pode mais aceitar esse tipo de coisa” disse.

A parlamentar afirmou ainda que todas as mulheres sabem a dificuldade de se ocupar cargos. “Os partidos só indicam homens para as posições. Precisamos participar da Mesa Diretora. Não é que nosso trabalho seja melhor ou pior que ninguém, mas precisamos de mulher na política porque é aqui que as decisões são tomadas”, avisou.


Fonte: Agência de Notícias da Assembleia / Foto: Paulo Rocha

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