Foto: Máximo Moura
A
Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa,
aprovou na quarta-feira (06/03), o projeto de lei 10/2012, de autoria da
deputada Mirian Sobreira (PSB), que dispõe sobre a criação do Programa Maio
Verde, para conscientização e divulgação sobre o câncer de colo do útero.
A
proposição foi aprovada com a emenda substitutiva nº 01/2012, de acordo com Art. 2°da matéria, o Programa Maio Verde
institui o mês de maio dedicado à prevenção do câncer colo de útero, tendo a
finalidade de divulgar os danos ocasionados pelo câncer de colo do útero nas
mulheres e conscientizá-las sobre a importância de realizar com periodicidade o
exame de prevenção. Para Mirian, é fundamental instituir ações preventivas para
a saúde da mulher, no intuito de evitar o desenvolvimento e o agravamento dessa
enfermidade.
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos
anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o
câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também como
Papanicolau. “Com
o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a mulher têm praticamente 100% de chance de
cura”, ressalta Mirian.
Saiba mais
A principal alteração que pode levar ao
câncer de colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV. É o
segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de
mama, além de ser a quarta causa de morte nas mulheres brasileiras. Por ano, o
vírus faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos.
Nos últimos anos, o Brasil avançou na
sua capacidade de realizar diagnóstico precoce tendo em vista que no ano de
1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva, ou seja, em seu estágio
mais agressivo. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer,
chamada in situ, um tipo de lesão localizada.
O diagnóstico da patologia é predominantemente clínico. A coleta
periódica do exame citopatológico do colo do útero possibilita o diagnóstico
precoce, tanto das formas pré-invasoras (NIC), como do câncer propriamente
dito. No exame ginecológico de rotina, além da coleta do citopatológico, é
realizado o Teste de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada)
para detectar áreas não coradas, suspeitas. A colposcopia (exame em que se
visualiza o colo do útero com lente de aumento de 10 vezes ou mais) auxilia na
avaliação de lesões suspeitas ao exame rotineiro, e permite a realização de
biópsia dirigida (coleta de pequena porção de colo do útero), fundamental para
o diagnóstico de câncer.
Assessoria da Mirian Sobreira
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