quarta-feira, 15 de março de 2017

Deputada elabora moção contra a reforma da Previdência

                                                                              Foto: Júnior Pio
Indignada com a proposta da reforma da Previdência, a parlamentar Mirian Sobreira fez o seu pronunciamento desta quarta-feira, 15, sobre o tema. Na ocasião, a deputada anunciou que está elaborando moção de repúdio para a Câmara Federal contra a proposta da reforma da Previdência.

Segundo a justificativa declarada, a alteração das regras previdenciárias foi a alternativa encontrada para estancar a sangria dos cofres da seguridade social. É sabido que o universo de segurados é muito maior do que os recursos disponíveis para atendê-los.“Não é de hoje, que especialistas afirmam que o dinheiro da Previdência Social tem outro destino ou uso para fins diversos”, mencionou Mirian. A deputada acredita que essa reforma deverá implicar na perda de direitos e de conquistas e classificou a medida como uma bandeira da luta pelo povo, considerando a reforma uma herança maldita que será deixada as próximas gerações, caso aprovada. “Muitas pessoas serão prejudicadas e não podemos compactuar com isso. Precisamos que cada um dos deputados nos apoie nesse momento”, convocou. 

Entre as mudanças mais comentadas está a alteração na idade da aposentadoria, que fixa a idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. “Acredito que as principais alterações e retrocessos na reforma estão, por exemplo, na "unificação" das aposentadorias por tempo de contribuição e de idade. Estão esquecendo das mulheres que, geralmente, tem três expedientes - trabalham, cuidam de casa, filhos e maridos”, conclui a deputada. 

Outro ponto importante é a pensão por morte que deve ser reduzida. Os trabalhadores rurais também serão afetados. “A expectativa de vida nas periferias e nas áreas rurais, principalmente, fica entre 55 ou 60 anos de idade. Ou seja, estas pessoas vão contribuir uma vida inteira sem receber qualquer benefício”, defende Mirian. 

Para a deputada, as propostas refletem um enorme retrocesso social e em perdas significativas de direitos dos trabalhadores e dos segurados, quando poderiam cobrar a quem realmente deve à Previdência, que são as grandes empresas. “Penso que os mais pobres serão os mais prejudicados. Alguns deles sequer vão conseguir se aposentar! A reforma é necessária, só que precisa ser repensada de uma forma justa”, conclui Mirian.

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