A
contratação pelo governo federal de seis mil médicos cubanos para atuar no
Brasil, sem o exame de revalidação do diploma, foi o tema do pronunciamento do
primeiro expediente da sessão plenária de ontem (14/06), da deputada
Mirian Sobreira (PSB). “Não somos contra
qualquer profissional vir para o Brasil, o País é democrático. Mas esses
médicos têm de vir para o Brasil e provar que realmente estão capacitados para
atender a população brasileira”, opinou.
A
parlamentar afirmou que o Brasil possui um número considerado de médicos aptos
a exercerem suas funções, refutando a justificativa de déficit nos quadros da
categoria. “Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é um
médico para 1.000 habitantes. No País, existe um médico para 725 pessoas. A
média mundial é de 14 para 10.000 habitantes. A média brasileira é de 17,8
médicos para 10.000 habitantes”, informou a deputada.
O
problema, na avaliação de Mirian, é a carência de investimento e valorização.
“O Sistema Único de Saúde (SUS), que é o melhor sistema de saúde que tem no
mundo, existe apenas para o papel. Não existem recursos suficientes para
financiamento do SUS”, observou.
Mirian
relatou ainda a audiência pública promovida ontem pela Assembleia Legislativa,
que discutiu a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos,
o Revalida, em profissionais estrangeiros que pretendem exercer a profissão no
Brasil.
Um dos
resultados, conforme informou a parlamentar, foi a elaboração de um documento
que será assinado por integrantes da classe médica e da Ordem dos Advogados do
Brasil – Seção Ceará (OAB-CE). “E nesse documento vamos dizer que o Conselho de
Medicina não vai dar o registro desses médicos”, garantiu.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia / Foto:
Paulo Rocha
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