sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Audiência na Assembleia sobre segurança nas agências bancárias


                                                   Foto: Marcos Moura

O aumento das ações criminosas nas agências bancárias foi o foco da audiência pública que tratou da segurança bancária no Ceará, realizada nessa sexta-feira (22/02), pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Assembleia Legislativa. Na ocasião também se comemorou os 80 anos do Sindicato dos Bancários do Ceará.

O solicitante do debate, deputado Lula Moraes (PCdoB), destacou a relevância do Sindicato. Segundo o parlamentar, a história da entidade, que já foi alvo de duras perseguições, se confunde com a história do Brasil. Lula também demonstrou preocupação com o crescimento de 60% nas ações criminosas relacionadas a bancos. “É fundamental debater sobre essa questão da violência e garantir o cumprimento do Estatuto Municipal da Segurança Bancária, aprovado pela Câmara Municipal de Fortaleza em 2012 . O que devemos fazer agora é ampliar esta legislação para os demais municípios”, defendeu.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo Bezerra, defendeu um maior investimento das instituições financeiras em segurança. “Os seis maiores bancos do Brasil lucram acima de R$ 50 bilhões por ano e têm condições de investir em segurança”, afirmou. Ele considera a Lei 9910/12 do Estatuto de Segurança Bancária uma vitória para negociar com os bancos, que já deveriam ter feito a adequação e não fizeram. “Os bancos não têm cumprido essa lei”, reclamou.

Para o promotor de Justiça Antônio Calos Azevedo, o Ministério Público tem a função de exigir o cumprimento das leis e os bancos têm a obrigação de oferecer segurança e serviços de qualidade. Ele sugeriu a instalação de postos da Guarda Municipal próximo às principais agências.

O coordenador geral do Procon Municipal de Fortaleza, George Valentim, disse que o Estatuto da Segurança Bancária suscita grandes desafios. “É um bom momento para propor essa legislação para as outras cidades do interior, pois foi reconhecida a competência do município para gerir sobre essa questão. Agora ficamos mais à vontade para fiscalizar o cumprimento desse Estatuto e dessa lei”, ressaltou.

Fonte: Agência de Notícias da AL

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