RECURSOS
PARA A SECA
A
situação no Interior do Estado, segundo relato feito na Assembleia, é
preocupante e reclama providências urgentes
A
falta de providência para amenizar a situação de seca no Estado do Ceará foi um
dos temas criticados pelos deputados da Assembleia Legislativa, durante sessão
ordinária da terça-feira (02/07). A deputada Mirian Sobreira (PSB), por
exemplo, criticou que muitas das medidas prometidas pela presidente Dilma
Rousseff (PT) não foram realizadas ou ocorreram de forma muito ineficaz.
O
deputado João Jaime (PSDB), por outro lado, denunciou que está havendo
politicagem e a volta da “Indústria da Seca” por parte do secretário de
Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins, que chegou adotar a política de
construção de cisternas de enxurradas com ONGs amigas.
Mirian
Sobreira lembrou ainda as ações que estão sendo feitas pela Comissão Especial
de Acompanhamento da Seca, criada no início do ano e que terá um relatório a
ser apresentado pelo relator, deputado Welington Landim (PSB), até o fim desta
semana.
“Nossa
contribuição tem sido visitar o pecuarista e o agricultor do Interior. As
chuvas no Ceará estão ajudando, mas a situação é temporária e é preciso tomar
medidas definitivas para solucionar os problemas decorrentes da seca”, disse
ela. A pessebista afirmou também que a água não está chegando aos municípios e
apesar de algumas cisternas terem sido instaladas é preciso que poços sejam
feitos para sanar o problema imediatamente. “Temos bons programas, mas que só
devem surtir efeito no final de 2013 e em 2014″.
Segundo
ressaltou, alguns agricultores e prefeitos estão construindo poços por conta
própria em suas regiões, lembrando que os valores investidos não são altos.
“Nós estamos precisando de água agora e existem lugares que já têm colapso de
água. A gente que viaja pelo Interior percebe que têm experiências que deram
certo. No Iguatu, os agricultores contrataram máquinas perfuratrizes e
resolveram o problema da sua comunidade”, afirmou a deputada.
Minimizar
Ela
disse que em Crateús a Prefeitura também resolveu contratar máquinas
perfuratrizes para tentar minimizar o problema da população daquele Município,
mas lembrou ser muito pouco o que está sendo feito. Conforme disse, houve um
diálogo com o Conselho Estadual de Combate à Seca para que as máquinas fossem
contratadas pelo Governo do Estado para ajudar os municípios.
Segundo
a parlamentar, no Centro Sul os carros-pipa saíram de uma comunidade no local
porque a empresa contratada não estaria recebendo o dinheiro por seus serviços.
Ela reclamou ainda que o trabalho com carro-pipa custa até R$ 6 milhões aos
cofres do Governo o que seria diminuído caso houvesse a construção de poços
profundos.
Mirian
Sobreira também defendeu a permanência do colegiado visitando as cidades e
procurando novos meios de combate à seca. O presidente da comissão, João Jaime
(PSDB) disse que o Ministério Público (MP) detectou R$ 5 milhões em poder de
uma Organização Não Governamental (ONG) que seriam para construir cisternas e
voltou a criticar os repasses da SDA para as ONGs ligadas ao secretário.
Mirian
cobrou ainda que a comissão seja mais ativa e atuante naqueles municípios que
estão passando por situação de calamidade. Ela disse ainda que já apresentou um
requerimento para adquirir máquinas perfuratrizes, que são mais baratas do que
o trabalho dos carros-pipa. E ressaltou a situação da distribuição do milho que
está demorando muito por causa de questões logísticas, chamando a atenção para
a necessidade de se apostar no desenvolvimento de outros tipos de ração para o
gado.
Fonte: Diário do
Nordeste / Foto: José Leomar
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